Talvez fosse um dia normal, talvez fosse um dia especial... Ou seria um daqueles dias escuramente melancólicos? Não me importava...
Não importava quantas vezes eu rolasse no chão enlameado, quantas vezes eu gritasse, o quão forte eu apertasse minha cabeça... A dor não parava.
Não era uma simples dor... Vozes a acompanhavam.
Não eram vozes conhecidas... Não eram palavras certas... Elas diziam tudo... E nada.
Eu não entendia... Não entendia qualquer coisa. Não entendia minha cabeça, não entendia a dor, não entendia meus dedos, não entendia minhas mãos, não entendia meu corpo, não entendia meus gritos ou minhas lágrimas, não entendia o chão, a lama, as gotas gélidas, o clima indiferente, as luzes fracas por entre as copas das árvores, as vozes...
Por que tinha de doer tanto?! O que eu teria feito pra ter aquilo?!
Eu poderia não estar sentindo qualquer coisa... A dor poderia ser apenas reflexo das vozes...
Eu poderia não estar ouvindo qualquer coisa... Eu poderia ser mais de uma pessoa...
Eu não entendia... Deveria entender?
Eu poderia não estar sentindo qualquer coisa... A dor poderia ser apenas reflexo das vozes...
Eu poderia não estar ouvindo qualquer coisa... Eu poderia ser mais de uma pessoa...
Eu não entendia... Deveria entender?